Estava na dúvida sobre qual assunto iniciar nossa conversa e, num lampejo, me ocorreu: “borbulhas”… pauta ideal; afinal, borbulhas ensejam celebrações e estamos comemorando o lançamento do blog da VintageMyHomeBrasil!!
Envolta nas borbulhas, quero compartilhar com vocês a história do champagne ou o que sabemos dele. Sim, “o” champagne, é um vinho com borbulhas, originário da região de Champagne. Essa é a única região no mundo, que pode dar o nome de Champagne aos seus espumantes. A 150 quilômetros de Paris, Champagne tem um solo com características específicas que propiciam as uvas ideais para sua elaboração (Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier), além do clima frio.,

Reza a lenda que, há 344 anos, o vinho produzido na região apresentava efervescência natural, onde as garrafas estouravam, causando imensos prejuízos. Descobriu-se que a gaseificação natural ocorria devido à precocidade da colheita da uva e o vinho elaborado era engarrafado antes de sua total e completa fermentação. Para se ter uma ideia, era natural andar dentro das caves com de capacete para cabeça e roupas mais resistentes para evitar cortes devido aos estilhaços de vidro de garrafas que explodiam. Acredite!!
Essa descoberta foi feita por um monge religioso chamado Dom Pérignon (1638-1715), que era o responsável pelas adegas da Abadia de Hautvilleres, na diocese de Reims na França. Essa refermentação do vinho que ocorria dentro das garrafas fechadas provocava a liberação do gás carbônico, provocando pressão que estourava os tampões ou arrebentavam as garrafas. Dom Pérignon então, experimentou garrafas mais fortes e utilizou rolhas amarradas com arame, conseguindo obter a segunda fermentação dentro da própria garrafa. Apesar da grande descoberta, Dom Pérignon continuava com um problema: os resíduos da segunda fermentação permaneciam na garrafa, fazendo com que a bebida tivesse uma aparência feia, um líquido turvo e não límpido.
“Champagne, merecido nas vitórias,
Napoleão Bonaparte
necessário nas derrotas!!“
Então, uma mulher chamada de Madame Clicquot-Ponsardin entrou para história e contribuiu no aprimoramento do champagne. Viúva, assumiu uma das mais importantes maisons da região. Veuve Clicquot, assim chamada na posteridade, inventou os processos de “Remuage” (girar as garrafas) e “Dégorgement” (degolar). Os funcionários da adega colocavam as garrafas nos pupitres (cavaletes especiais), inclinavam e as giravam, fazendo com que os resíduos se descolassem do corpo do recipiente até ficarem acumulados no gargalo. Aí então, entra o dégorgement, que retira todas as impurezas, fazendo que o vinho fique límpido e transparente.

Inicialmente era elaborado na própria garrafa, através do método natural, mas passou para o método camponês chamado de champenoise (segunda fermentação do vinho na própria garrafa) e, com o tempo, surgiu grandes demandas que provocaram a necessidade de se elaborar em grande escala. Começou, assim, a produção no método que recebeu a denominação de Charmat (segunda fermentação em grandes recipientes, chamados de autoclaves).
Durante os anos de 1800, o champagne se tornou sinônimo de sofisticação, glamour e celebrações, sendo venerado pelos governos do mundo todo, especialmente o francês como Napoleão Bonaparte, que teria dito: “Champagne, merecido nas vitórias, necessário nas derrotas”.
Interessante, não? História compartilhada! Agora podemos partir para degustação… O que acham? Afinal, champagnes são deliciosos, elegantes e nunca saem de moda!!
E você, tem uma borbulha pra chamar de sua?
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