Histórias híbridas de uma senhora de respeito.

Carmen é o nome q dei à minha saudosa máquina de escrever, uma Olivetti Praxis 20, em homenagem à querida escritora e jornalista Carmen da Silva — por essa época, eu tinha por hábito dar os nomes dos meus ídolos aos meus parcos bens materiais. O Volkswagen Voyage era carinhosamente chamado de Pablito, em tributo ao poeta Pablo Neruda. Minha bicicleta Caloi Ceci atendia pelo nome de Rosa, em deferência à Rosa Luxemburgo. Assim, todo o tempo, eu estava acompanhada pelos meus iluminados. Eles estavam sempre comigo e eu com eles.

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Comemorar sempre!

A tradição de brindar, remonta a tempos muito antigos e está enraizada em diversas culturas ao redor do mundo. Embora a prática tenha evoluído ao longo dos séculos, suas origens podem ser rastreadas até a Grécia e Roma Antiga. Uma das teorias mais difundidas sugere que, na Grécia Antiga, era muito comum a tentativa de assassinar seus inimigos por envenenamento. Para provar que a bebida que estava sendo oferecida era segura, o anfitrião colocava uma pequena quantidade da bebida do convidado em seu próprio copo e ambos ingeriam simultaneamente. Antes disso, anfitrião e convidado tocavam seus copos como um símbolo de confiança. Ao chocar os copos, os líquidos se misturavam, e o anfitrião demonstrava confiança ao beber junto com seus convidados.

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Gastrô e decór andam de mãos dadas

Sempre fui fascinada por decoração e arquitetura. Quando visito restaurantes meticulosamente decorados, fico imersa na experiência, apreciando a harmonia entre gastronomia e ambiente. Alguns lugares são verdadeiras expressões de bom gosto, refletidos desde a escolha da louça até o design do lustre.

Durante minhas pesquisas incessantes, encontro mesas elegantemente preparadas para receber, e pratos elaborados com uma meticulosidade que os transformam em verdadeiras obras de arte. Hoje, venho compartilhar como a decoração pode transformar espaços. Um belo lustre, por exemplo, pode se tornar o ponto focal de um ambiente. E eu estou completamente cativada por um em particular. Não é apenas um lustre; é uma obra de arte!!

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Nos temperos, também temos ouro, e ele é vermelho

Salve, salve queridos.

Já tinha feito minha programação, para hoje falar das PLANCS – Plantas Alimentícias Não Convencionais. Mas como amamos flores e inspirada por essa foto linda que achei nas pesquisas, decidi trocar. Vamos contar um pouco sobre essa joia comestível, esse ouro vermelho: as flores da Crocus sativus L ou “açafrão“.

O açafrão, que leva o nome do persa “zapharan” que significa “estigmas”, é uma especiaria derivada dos 3 estigmas ou pistilos, contidos na flor, que é a parte onde o grão de pólen inicia a germinação do tubo polínico. Cada flor tem apenas três estigmas e, por isso, ele é considerado um tesouro da gastronomia. Originária do Oriente Médio, ela foi cultivada pela primeira vez há quase 4000 anos nas províncias gregas.

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Sabores vestidos de elegância

Na culinária, há um elo indissociável entre o que é servido e como é apresentado. A escolha das louças vai além da funcionalidade; ela transforma uma simples refeição em uma experiência sensorial completa. Imagine saborear um prato cuidadosamente preparado, servido em uma louça delicada, artisticamente decorada e visualmente bonita? A primeira impressão não é apenas visual, mas totalmente prazerosa à vista e ao paladar.

As louças bonitas não são apenas um capricho estético; elas são a moldura que realça a obra-prima gastronômica. Uma receita pode ganhar vida nova quando colocado em um prato de porcelana fina, destacando suas cores vibrantes e texturas delicadas. Cada detalhe, desde o relevo sutil até os padrões não percebidos, complementam o trabalho árduo do chef e reflete o cuidado dedicado à criação daquele prato.

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Ouro Branco

A porcelana tem uma longa história, que remonta à China antiga, onde foi desenvolvida pela primeira vez durante o ano 200 antes cristo, mas foi no ano 600 que a produção se tornou mais refinada.

A porcelana chinesa era conhecida por sua translucidez, resistência e brancura. Os chineses desenvolveram técnicas avançadas de fabricação, usando uma mistura especial de caulim, que é um tipo de argila. Essa mistura era cozida a altas temperaturas em fornos especiais, resultando em peças delicadas e finas. A China vendia para todo o mundo, e como só ela sabia o segredo da fabricação, que era o caulim, cobrava caríssimo, ficando conhecida como o ouro branco.

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Dos amores que eu tenho, Bethânia, certamente, é um deles.

Oie Rosa!!! Estava no cinema, assistindo “Victoria e Abdul – o confidente da rainha”, que gostei muito. Vá ver, é bem interessante. Eu sou curiosa/estudiosa das realezas, tá certo, mas o filme é realmente bom, eu acho, na minha modestíssima opinião.
E olha que coincidência: estou em Sampa justo no dia que vc recebe o mimo, mas indo para Tatuí amanhã.

Fico feliz que tenha gostado do livro. Tornou-se obra rara, e por isso demorou tanto a ser entregue – agora só por encomenda; não está disponivel em loja. Mas acho que vale a espera; é um obra fabulosa. Uma fotobiografia como poucas.

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Além do pirão.

O peixe desempenha um papel fundamental na gastronomia, oferecendo uma variedade infinita de tipos, de possibilidades culinárias e de sabores incomparáveis. Como uma das fontes mais saudáveis de proteína, o peixe é apreciado em todo o mundo por sua versatilidade, leveza e valor nutricional. Desde os ambientes tropicais até os mares gelados, os peixes têm uma presença diversificada nas culturas culinárias de todos os continentes.

Em primeiro lugar, a frescura do peixe é essencial para garantir o máximo de sabor e qualidade. Dos mercados de peixe locais às praias remotas onde a pesca é parte integrante da vida cotidiana, a jornada do peixe da água para a mesa, é uma narrativa de conexão com a natureza e respeito pela tradição.

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Bate papo com a Di

15:00 – Rio de Janeiro.

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Cartas de Clarice

A revolucionária escritoria polonesa Rosa Luxemburgo

Clarice é uma personagem de ficção misturada com a realidade. Inpirada em Clarice Lispector, escritora e jornalista brasileira, nascida na Ucrânia, mas veio para o Brasil aos dois meses de idade. Chegaram, de fato, a serem amigas muito próximas. Ambas escreviam com muita frequência, personalidade, vitalidade e energia. Clarice Lispector viveu quase duas décadas fora do Brasil e escreveu muitas cartas aos amigos, e com olhar cosmopolita ela fala sobre os absurdos do cotidiano, as agruras da condição humana e as banalidades da vida. Suas cartas foram reunidas na obra Todas as Cartas, publicada em 2020. Já a Clarice personagem é uma mulher forte e feminina – e feminista, é claro. Mas deixa claro, que o feminismo que pratica é pelo pelos direitos civis das mulheres: igualdade política, jurídica e social entre homens e mulheres. Sua atuação não é sexista, isto é, não busca impor algum tipo de superioridade feminina, mas a igualdade entre os sexos.

Aqui nesse espaço, sempre veremos o lado intimista e psicológico de Clarice. Suas vivências, seus amores, sua interpretação tão peculiar da vida, com toques de humor. Clarice, ao contrário da homônima escritora, era muito irônica e bem humorada, embora, às vezes, tivesse momentos intensos de irascibilidade.

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Sem paciência, não se cozinha!

Em um mundo frenético e corrido, onde a rotina nos arrasta em um ritmo acelerado, a cozinha se torna um refúgio aconchegante, um palco onde a magia da criação acontece. Cozinhar, para muitos, transcende a mera necessidade de alimentar o corpo, transformando-se em um ato de amor puro e genuíno.

Nas panelas borbulhantes, nas frigideiras crepitantes, nos aromas que invadem o lar, reside uma alquimia especial. Cada ingrediente escolhido com carinho, cada tempero dosado com cuidado, cada passo executado com dedicação, traduz o amor que dedicamos àqueles que alimentamos.

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