Ouro Branco

A porcelana tem uma longa história, que remonta à China antiga, onde foi desenvolvida pela primeira vez durante o ano 200 antes cristo, mas foi no ano 600 que a produção se tornou mais refinada.

A porcelana chinesa era conhecida por sua translucidez, resistência e brancura. Os chineses desenvolveram técnicas avançadas de fabricação, usando uma mistura especial de caulim, que é um tipo de argila. Essa mistura era cozida a altas temperaturas em fornos especiais, resultando em peças delicadas e finas. A China vendia para todo o mundo, e como só ela sabia o segredo da fabricação, que era o caulim, cobrava caríssimo, ficando conhecida como o ouro branco.

Como os chineses vendiam a preço de ouro e guardavam o segredo da fabricação a sete chaves, digamos assim, os europeus não tinham opção. Tentavam, tentavam e fracassavam. Foram 700 anos de tentativas. Quem levou a porcelana para a Europa foi Marco Pollo no ano de 1300. O sucesso foi instantâneo entre a nobreza que, até então, usava pratos rústicos de cerâmica, de estanho ou comia com a mão.  

Os chineses produziam porcelana de alta qualidade, leves, translucidas, mas tudo em azul e branco e a decoração abordava temas chineses, como dragões, peixes, plantas etc., cenas lacustres. Os europeus assim que descobriram o segredo da fabricação fizeram da porcelana para reproduzir a arte, luxo e sofisticação dos seus palácios. Passaram a decorar com ouro, recortar os pratos, moldar sopeiras e travessas. Aliás, já fui a Limoges, lugar simpaticíssimo, e onde tem um museu de porcelana fantástico.  

Limoges é sinônimo de porcelanas finas, com pintura de alto padrão. Importante ressaltar que Limoges é uma cidade da França, não uma marca de porcelana. A produção de porcelana de pasta dura em Limoges foi estabelecida por Turgot em 1771, após a descoberta de suprimentos locais de caulim.  Após a Revolução Francesa, em 1789, várias fábricas foram sendo estabelecidas em Limoges, tais como Bernardaud e Haviland.

Desde o século XVIII, data das primeiras produções, a notoriedade da porcelana Limoges cresceu a tal ponto que o nome da cidade evoca instantaneamente a arte da porcelana. Antes dessa data, a história da cerâmica europeia, como já disse, pode ser considerada uma longa pesquisa realizada por toda a Europa para desvendar o segredo da fabricação de porcelana. O fascínio que ela exerceu é amplamente explicado pelo mistério que há muito parecia milagroso de uma argila que tornou possível obter, graças à alquimia do fogo, um material branco translúcido, brilhante e sonoro. A fonte de tudo é o caulim. 

Desde o século XVIII, data das primeiras produções, a notoriedade da porcelana Limoges cresceu a tal ponto que o nome da cidade evoca instantaneamente a arte da porcelana. Antes dessa data, a história da cerâmica europeia pode ser considerada uma longa pesquisa realizada por toda a Europa para desvendar o segredo da fabricação de porcelana, descoberta na China no século VI.

Embora os europeus dominassem certas artes do fogo, como vidro ou barro, eles não tinham um material indispensável, o caulim, que dá brancura, dureza e translucidez à porcelana.

Rose Pompadour é a cor de fundo rosa inventada por Sèvres em 1757. Madame de Pompadour, amante do Rei Luís XV, de 1745 a 1764, tornou-se a grande defensora da porcelana feita em Sèvres, e é em sua homenagem que esta cor foi nomeada. 

Foi no século XVIII que depósitos exploráveis foram finalmente encontrados na Europa: em 1709 na Alemanha, depois em 1768 na França, em Saint-Yrieix-la-Perche, uma localidade vizinha de Limoges. Foi a partir dessa descoberta que a porcelana Limoges nasceu e se desenvolveu. Sob os auspícios de Turgot, então intendente de Limousin, que via lá como uma fonte de recursos para a região, a primeira fábrica foi criada em 1771, depois protegida a partir de 1774 pelo Conde de Artois, irmão do rei Luís XVI e futuro Carlos X.

Após a Revolução Francesa, a produção foi retomada e as fábricas se multiplicaram. Em 1827, já havia dezesseis fábricas e, em 1850, havia mais de trinta. Sua história é muito complexa porque não só seu número é muito grande, mas eles foram criados e declinados de acordo com crises políticas e econômicas.

Algumas fábricas de renome marcaram esse período, notavelmente as de Baignol, Pierre Tharaud, François Alluaud e o Conde de Bonneval. A partir de 1830, a produção, embora continuasse a produzir muitos utensílios de mesa, mudou-se para a arte decorativa sob a influência de artistas parisienses.

As Exposições Universais foram um fator de emulação e desenvolvimento para as fábricas. É por isso que, a partir de 1851, eles marcaram sua produção para serem reconhecidos pelos milhares de visitantes que foram a essas exposições. O domínio e o know-how técnico dos fabricantes de Limousin eram indiscutíveis. Este foi o momento em que as empresas se concentraram em desenvolver a noção de “Limoges Whites”, a fim de elogiar tanto a qualidade dos caulins quanto a perfeição das técnicas de fabricação. As peças apresentadas são de fato notáveis por sua forma e brancura perfeitas.

Madame de Pompadour, amante do Rei Luís XV, grande icentivadora da Porcelana na França.

A fabricação mais representativa é, sem dúvida, a de Pouyat. A obra-prima de sua produção, o serviço “Rice Grain”, apresentado na Feira Mundial de 1878, foi feita de acordo com um modelo do famoso artista parisiense Albert Dammouse. A técnica utilizada é a dos dias de cloisonné, que consiste em esvaziar a porcelana e preencher os orifícios assim formados com esmalte translúcido.

O último quarto do século foi dominado pela fábrica Haviland. Félix Bracquemond, diretor artístico de uma oficina de pesquisa aberta por Charles-Édouard Haviland no distrito de Auteuil, em Paris, apresentou decorações inspiradas no japismo em Limoges. Graças aos seus escritórios americanos, a Haviland abriu o mercado do outro lado do Atlântico para todos os fabricantes de porcelana de Limoges.

Além dos brancos que se tornaram famosos, Limoges desenvolveu a técnica do grande fogo que tornou possível obter cores elegantes e sutis.

A primeira metade do século XX foi marcada pelo surgimento de dois estilos: Art Nouveau e Art Déco. Estes influenciaram a produção de fabricantes de porcelana que trabalharam em estreita colaboração com artistas renomados. A porcelana Limoges reafirmou sua reputação em 1925 na Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, realizada em Paris em 1925. Deu seu nome ao estilo que floresceu na de 1925: Art Déco. Muitas fábricas então convocaram artistas renomados, incluindo Lalique, Dufy, Sandoz… Vários dos serviços apresentaram propostas de formas arquitetônicas, próximas ao Cubismo.

A Segunda Guerra Mundial desferiu um duro golpe na porcelana Limoges e sua indústria teve vários desafios, incluindo o de restaurar a atividade adaptando as ferramentas de produção a um novo contexto: em meados da década de 1950, a introdução de fornos de células de gás foi um dos símbolos mais marcantes dessa recuperação apoiada pelas necessidades decorrentes da reconstrução. Naquela época, quando mais de trinta fábricas de porcelana estavam ativas em Limoges, a recuperação da atividade econômica beneficiou essas empresas. No entanto, a concorrência internacional os levou a renovar sua produção na década de 1970.

Ao solicitar artistas renomados, as fábricas de Limoges se abriram ao design: o desejo era então introduzir a arte na vida cotidiana, criando objetos correspondentes aos novos estilos de vida da sociedade ocidental. artistas propuseram modelos com novas formas de porcelana, o primeiro criando, por exemplo, um serviço para a Air France em 1976, o segundo em parceria com o designer de cristais Daum e o ourives Ravinet-d’Enfert para o serviço “3T”. Além disso, como essa produção ainda goza de uma imagem de excelência, chefes de Estado de todo o mundo, bem como grandes casas de luxo, queriam que seus serviços fossem feitos de porcelana Limoges.

Longe de impedir a inovação, a fidelidade à tradição estimula a criação contemporânea. Os “Brancos de Limoges” continuam sendo uma referência absoluta para criadores que fazem da porcelana o material de sua arte. A fim de incentivar a inovação, várias iniciativas foram lançadas para envolver de perto empresas e criadores: por exemplo, a fundação empresarial Bernardaud está comprometida em apoiar a criação contemporânea.

As gerações mais jovens também se apropriam da porcelana e criaram sua casa, como a Non sans Raison, que renova a porcelana Limoges com suas decorações, formas e tecnicidade.

Finalmente, deve-se notar que as empresas Limoges estão constantemente enriquecendo as coleções do museu, oferecendo suas últimas criações: através deste gesto generoso, elas permanecem fiéis a uma tradição estabelecida no século XI.

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