Falar de chocolate é um prazer! Não só porque ele é deliciosa, mas por que é muito interessante todo o seu processo: da fruta inicial, ao produto final, o chocolate. Quem nunca provou um chocolate e teve aquela sensação de explosão de sabor na boca? Que fechou os olhos e sentiu realmente sua textura, doçura, delicadeza?
Sim, isso acontece com bons chocolates, aqueles produzidos com sementes selecionadas. Mas de onde vem essas sementes? Do cacau!! Um fruto lindo, exótico e com cores variadas. Inicialmente, nossa produção era na Amazônia, onde ele já existia em abundância. Mas hoje, o maior produtor de cacau do Brasil é o Pará, e é responsável por 51,80% da produção nacional. Para 2024, a estimativa é colocar no mercado mais de 152 mil
toneladas.

Desde o momento em que são plantadas, as árvores de cacau demoram em média 3 a 4 anos para tornarem-se frutíferas. Passado esse tempo, começam a nascer flores, das quais apenas algumas sofrem fecundação e desenvolvem frutos. A colheita de cacau acontece duas vezes ao ano, a cada cinco ou seis meses. Após a colheita, são cortados para retirada da polpa. O processo é manual e devem ser retiradas uma a uma. Cada fruto contém entre 20 e 40 sementes (mais ou menos do tamanho de uma amêndoa). Após a retirada,
acontece a fermentação, onde as sementes são cobertas para que o excesso de líquido
escorra. Esse processo, que pode demorar até 8 dias, tem como objetivo evitar a germinação e remover os resíduos da polpa que ficam presos na semente. Concluída esta esta parte, a cor das sementes muda de bege para roxo e sua acidez é reduzida. Mesmo após esse processo, os grãos ainda continuam úmidos e passam pelo processo de secagem, normalmente espalhados no chão para que o sol termine a secagem. Quando secas, são separadas por tamanho e qualidade – critérios importantes na hora da venda.
Por isso, desde o início dos anos 2000, começamos a ver novos conceitos de produção de chocolate aparecer. Criado em São Francisco, o termo “Bean to Bar” que significa, “da amêndoa/semente para a barra”. Nos chocolates bean to bar, ele é feito em uma cadeia produtiva curta, sendo que a empresa acompanha todo o processo produtivo após a aquisição da semente de um produtor. Já nos chocolates,”Tree to bar”, que significa, “da árvore para a barra”, o próprio produtor do cacau, faz o chocolate, o produto final. São os responsáveis por todo o processo. Ou seja, eles usam o cacau de uma única origem: a deles!!
” O grande potencial da lavoura cacaueira vem impulsionando o empreendedorismo na região transamazônica. O valor bruto da produção no estado chegou a R$2,4 bilhões.”
Ceplac
E o Brasil é o 7º maior produtor de cacau do mundo. Ele é produzido com história, tradição e em sistemas agroflorestais que preservam a mata Atlântica e a Amazônia. E segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – Ceplac, o grande potencial da lavoura cacaueira vem impulsionando o empreendedorismo na região. Maravilhoso, não?
Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado (Seagri) e Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac)
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