O Cacau é nosso!

Falar de chocolate é um prazer! Não só porque ele é deliciosa, mas por que é muito interessante todo o seu processo: da fruta inicial, ao produto final, o chocolate. Quem nunca provou um chocolate e teve aquela sensação de explosão de sabor na boca? Que fechou os olhos e sentiu realmente sua textura, doçura, delicadeza?

Sim, isso acontece com bons chocolates, aqueles produzidos com sementes selecionadas. Mas de onde vem essas sementes? Do cacau!! Um fruto lindo, exótico e com cores variadas. Inicialmente, nossa produção era na Amazônia, onde ele já existia em abundância. Mas hoje, o maior produtor de cacau do Brasil é o Pará, e é responsável por 51,80% da produção nacional. Para 2024, a estimativa é colocar no mercado mais de 152 mil
toneladas.


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Poesia com comida!

Assim como o vinho harmoniza com a comida, a poesia harmoniza com a gastronomia. Na poesia, as palavras se transformam em ingredientes que temperam a alma, aguçam a mente e nos convidam a um banquete de sensações. Assim também é com a gastronomia, pois ambas as artes exploram os sentidos, despertam emoções e nos transportam para um universo de experiências únicas. Os sabores, as texturas, o visual, tudo pode ser poesia.

E Adélia Prado, me inspira quando leio e releio seu poema Casamento. Para mim é mais do que um poema sobre culinária. É uma celebração da vida, nos convidando a degustar a essência do amor, com seus temperos únicos e sabores inesquecíveis.

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Cartas de Clarice

Ilustração de Millôr refletindo sobre a escrita

“BSB, 05.02.88.

Millôrzinho,

Que animal deformado é esse chamado Brasil?

Que país é esse com 130 milhões de individualistas?

Queremos descobrir. É o jornal. É o “Agora”. Somos nós. Feras feridas. Tô emergindo da anestesia de ser brasileira, brasileiro. A pergunta pode ser banal e previsível, mas é inevitável: diga-me, Millôr, que país é esse?

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Resiliência

Sheryl Sandberg

02 de julho 2019

Nessa tarde chuvosa, do tipo ai-que-preguiça, deparo-me com interessante e honesta entrevista de Sheryl Sandberg, superexecutiva do Facebook, sobre como se reconstruiu depois da morte precoce do marido, fulminado por infarte aos 48 anos, em plenas férias no México.

O luto, a perda, a culpa, o limbo, o vazio, as fragilidades e vulnerabilidades humanas puseram minha cabeça para girar. Sheryl escreveu o livro “Plano B”, em parceria com o psicólogo Adam Grant, e conseguiu voltar à superfície após bater no fundo do poço emocional. A dor da perda pode ser dilacerante. Quase sempre é. Acompanhada de culpa, pode ser fatal. Como escapar?! Muitos não conseguem e terminam prisioneiros de sofrimento infinito. Uma espécie de beco sem saída.

Ela conseguiu safar-se e compartilha sua dolorosa experiência em “Plano B”, já lançado no Brasil. Ainda não li, vou fazê-lo amanhã, tão logo ache uma livraria aberta, mas pelo que pesquisei e as resenhas que li, percebe-se claramente que é bem diferente do seu livro anterior, “Faça Acontecer – Mulheres, Trabalho e Vontade de Liderar”, no qual a toda poderosa executiva indica ao mulherio como conseguir a equidade de gênero na carreira.

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Opalina – O cristal que transforma magia em cor

Amarela, rosa, azuis variados, verdes impactantes, branca, lavanda… não importa a cor, opalinas são cristais especiais e marcaram época pela beleza e inventividade dos seus criadores, especialmente os mestres da Maison Baccarat – ela, sempre ela, nossa queridinha!! Hoje são muito disputadas. Tornou-se objeto de desejo de admiradores em todo mundo. Existe certa predileção pelos tons de azuis, notadamente o turquesa e o celeste, embora as mais raras, preciosas e caras sejam as peças de opalina amarela. Mas cada cor tem o seu apaixonado. O fato é que opalina é unanimidade internacional não só de especialistas e colecionadores, mas de de todos apreciadores da arte do cristal. Uma peça de opalina Baccarat dá um toque de distinção em qualquer ambiente.

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Vamos brindar?

Estava na dúvida sobre qual assunto iniciar nossa conversa e, num lampejo, me ocorreu: “borbulhas”… pauta ideal; afinal, borbulhas ensejam celebrações e estamos comemorando o lançamento do blog da VintageMyHomeBrasil!!

Envolta nas borbulhas, quero compartilhar com vocês a história do champagne ou o que sabemos dele. Sim, “o” champagne, é um vinho com borbulhas, originário da região de Champagne. Essa é a única região no mundo, que pode dar o nome de Champagne aos seus espumantes. A 150 quilômetros de Paris, Champagne tem um solo com características específicas que propiciam as uvas ideais para sua elaboração (Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier), além do clima frio.,

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Cozinha afetiva!

“De prato em prato, acabei de escrever meu primeiro e-book: “Como despertar seu lado chef”, feito para amantes da boa comida.”

Di Carlova

Eu Dione, quando criança, participava de uma rica tradição: reunir a família aos domingos ou em tardes ensolaradas para degustarmos receitas deliciosas, que eram feitas a quatro, seis ou até oito mãos. Receitas saídas de cadernos com páginas amareladas e com uma caligrafia impecável, e então, depois de tudo preparado, sentávamos em torno da grande mesa farta e nos deliciávamos com a diversidade de sabores, texturas e aromas. Tudo isso é claro, regado a muita risada e boa conversa, fazendo o ambiente barulhento, divertido demais e até hoje lembrado com saudosismo.

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Baccarat – O cristal dos reis

Maravilhosa garrafa na cor bordeaux (ver detalhes) em belíssima lapidação chamada no Brasil de dedão

Baccarat é sempre e eternamente Baccarat. Sou fã confessa da Cristallerie francesa que cria e fabrica cristais e opalinas de tirar o fôlego há mais de 250 anos. Fundada pelo rei Luís XV, a lendária manufatura formou verdadeiros mestres na arte escultórica do cristal, ofício que passou de geração a geração desde 1764, quando bispo de Metz, monsenhor Louis De Montmorency-Laval, recebeu a cobiçada autorização real para criar a fábrica Saint-Anne na então vila de Baccarat, localizada na província de Lorraine, à leste da França. Começou aí uma longa e bem sucedida história daquela que viria a produzir as mais belas peças em cristal já feitas pela mão humana – de lustres em cascata, abajures, joias, bijuterias, frascos de perfumes, vasos, candelabros, esculturas às maçanetas que são verdadeiros diamantes.

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Definitivo – Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade considerado o mais influente poeta brasileiro do século 20

“Definitivo, como tudo o que é simples. 
Nossa dor não advém das coisas vividas, 
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. 

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos 
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções 
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado 
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter 
tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que 
gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. 
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. 

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Histórias híbridas de uma senhora de respeito.

Carmen é o nome q dei à minha saudosa máquina de escrever, uma Olivetti Praxis 20, em homenagem à querida escritora e jornalista Carmen da Silva — por essa época, eu tinha por hábito dar os nomes dos meus ídolos aos meus parcos bens materiais. O Volkswagen Voyage era carinhosamente chamado de Pablito, em tributo ao poeta Pablo Neruda. Minha bicicleta Caloi Ceci atendia pelo nome de Rosa, em deferência à Rosa Luxemburgo. Assim, todo o tempo, eu estava acompanhada pelos meus iluminados. Eles estavam sempre comigo e eu com eles.

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